Você sabia que crianças também se estressam? Parece estranho pensar sobre isso já que essa fase é sempre relacionada a diversão, alegria e ausência de preocupações. Mas esses pequenos seres não deixam de viver em suas vidas momentos de tensão e situações inesperadas. E a ciência nos diz que um pouco de estresse na infância pode ser benéfico! Dá para acreditar?
Alguns pesquisadores do comportamento propõem uma divisão na frequência e intensidade das experiências estressantes que nos ajuda a pensar melhor sobre elas: Estresse Positivo, Estresse Tolerável e Estresse Tóxico.
O Estresse Positivo acontece com aquelas pequenas contrariedades do dia-a-dia como uma queda leve da bicicleta, o primeiro dia na escola, uma prova, ou um “não” dito pelos pais na hora certa e na situação adequada. Esse tipo de contrariedade causa um leve aumento dos batimentos cardíacos e dos “hormônios do estresse” que sensibilizam de forma benéfica o organismo: ele consegue naturalmente voltar ao estado anterior de equilíbrio e fica preparado para vencer novos desafios.
Depois de viver uma situação como essa, o que é esperado que se aconteça é uma melhora no desempenho global da criança. Por exemplo, após alguns dias em uma escola nova ela consegue se adaptar aos cuidadores, fazer amigos e se colocar bem diante de novas situações de mudança. Isso faz com que o corpo e o cérebro se fortaleçam, melhorando a criatividade e a resposta imune, ficando pronto para reagir de uma maneira mais saudável até mesmo diante de uma infecção. Além, é claro, de melhorar a autoestima pois a criança se vê capaz de vencer situações inesperadas de maneira positiva.
Gostou?
Nos próximos artigos falarei um pouco sobre o Estresse Tolerável. E sobre o Estresse Tóxico… esse sim, pode causar grandes prejuízos ao desenvolvimento infantil.