Volta às aulas é sempre uma experiência agitada para toda a família. Expectativas sobre a escola, professores, disciplinas, colegas, novas paixões e claro, há também os receios e entre eles do bullying.
Muitos torcem o nariz e afirmam que isso não é novo, que as brincadeiras de mau gosto sempre estiveram por aí. Mas, além da nomenclatura, o que também mudou é maneira que a sociedade trata determinados casos e como a sociedade lida com isso. Afinal, movimentos que defendem as minorias estão mais organizados, fortes e diversas atitudes e afirmações não são mais permitidas, inclusive tendo penas legais.
A palavra bully que dizer valentão, brigão e a expressão bullying traduz situações de agressões intencionais, verbais ou físicas. Na maioria das vezes, os ataques são repetitivos e são promovidos por uma única pessoa, ou por um grupo. Discussões, brigas pontuais, desavenças não são bullying. É preciso que haja a já mencionada repetição, a intenção de machucar e um público que admita e concorde com a ofensa.
Bem, dito isso e acordando a pulga que vive atrás da orelha dos pais, digo: há uma força de abrangência maior que o bullying. E pode acontecer em todos os lugares, a qualquer momento: o cyberbulling.
O cyberbulling não precisa da presença física e não acontece às escondidas no banheiro da escola, na esquina depois da aula. As agressões se multiplicam pela web e ficam gravadas pelas redes sociais. É preciso levar a sério essa questão, uma vez que vários adultos entendem como brincadeira de criança.
Mas, faço uma pergunta: como pode ser brincadeira se há machucados emocional e psicologicamente? Não dá para admitir que esse tipo de situação gere sofrimento e agressões virtuais. Os adultos devem sim monitorar e tomar uma providência.
E mais! Providências não só nos casos em que os filhos são os que sofrem abusos e também quando eles são os agressores.
Aqui vão algumas dicas para identificar casos de cyberbulling:
– Receio de postagens nas redes sociais;
– Mudanças no perfil e uso da Internet,
– Medo do convívio social e dificuldades de adaptação e relacionamento na escola
– Isolamento na escola
– Tristeza e angustia
Bem, as características acima podem estar ligadas a uma série de outros fatores. Mas também podem ser sinais do nosso tema aqui. Assim, a melhor maneira é o diálogo e saber o que está acontecendo na vida virtual das crianças e adolescentes. Não de maneira invasiva, agindo assim, você pode até gerar mais problemas.
É preciso ter uma relação próxima de pais e filhos. Ah, não disse nada de novo?
Mas então, avalie: você conhece mesmo quem é e como age seu filho? Sabe os perfis que ele curte, com quem ele se relaciona? Saiba, temos dois mundos sobrepostos, onde as vidas se encontram e os relacionamentos acontecem o tempo todo. A realidade está muito próxima à vida cotidiana. Fique atento! Seus filhos precisam de proteção e orientação tanto nos corredores da escola quanto nas vias online.