Outubro é o mês de consciência sobre o TDAH ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Se você ou seu filho foi diagnosticado com esse transtornos, preste bastante atenção nesses 3 perigosos – e comuns – mitos sobre o TDAH:
1. TDAH NÃO EXISTE
Mais do que qualquer outro transtorno mental, o TDAH é frequentemente retratado como uma “desculpa útil”para crianças briguentas e pais preguiçosos, que adoram usar algumas pílulas. Se, de fato, há muito diagnóstico equivocado, há ainda mais casos que deveriam ser diagnosticados e não o são. O TDAH, no entanto, é um transtorno real, com fortes bases genéticas e neurobiológicas, e extremamente relacionadas à todo tipo de prejuízos graves, como ansiedade, depressão, dependência química, fracasso acadêmico e profissional, acidentes de trânsito e divórcio. Pessoas que lutam com um transtorno que provoca uma falta de atenção severa merecem empatia e suporte, não desconfiança e sarcasmo.
2. TDAH é coisa de criança
O TDAH realmente é mais comum na infância, com quase 5% das crianças sofrendo com o transtorno. No entanto, mais da metade delas continuam com sintomas na idade adulta, idade que o diagnóstico é ainda mais negligenciado, e que continua trazendo prejuízos seríssimos à qualidade de vida.
3. Medicação é desnecessária ou medicação é o bastante
Esses dois mitos opostos se confundem. De um lado aqueles que acreditam que dar medicação para crianças é sempre negativo, mesmo após diversos e diversos estudos mostrando que as consequências do TDAH são drásticamente diminuídas com uso das medicações estimulantes como RITALINA por exemplo. Na prática clínica temos diversas oportunidades de presenciar as mudanças enormes que o tratamento provoca na adaptação famliar e escolar.
No polo oposto deste mitos estão aqueles que acreditam que a medicação é o bastante. Existem diversas abordagens psicossociais que são fundamentais para uma boa evolução dos pacientes com TDAH. Aprender estratégias eficientes de lidar com a doença, envolver a família e ensinar sobre o transtorno e como lidar com as questões mais emergentes, abordar a prevenção do uso de substâncias, e vários outros tópicos fazem toda a diferença para um tratamento (muito) mais pleno.