Está chegando a hora de se despedir do ano…
Com o fim deste ciclo, se encerram muitos outros: graduação, troca de trabalho, casa… Inevitavelmente é hora de se despedir de algumas pessoas, de alguma etapa da vida…
Mas se para você, se despedir é um processo doloroso e difícil, não se preocupe, além do mesmo acontecer com a maioria das pessoas, a notícia boa é que há maneiras de manejar melhor a dor da despedida independente de qual seja ela.
Primeiramente, é importante ressaltar que começamos a aprender sobre desapego, despedidas e desprendimento logo no início de nossas vidas. O melhor exemplo disso é o primeiro dia escolar: para muitas crianças, se desprender dos pais é assustador. Vem o choro, as birras, o soluço…, mas logo após os primeiros dias, tudo parece se encaixar e entrar na rotina. Esse é um dos primeiros passos que damos, ainda crianças, no nosso aprendizado sobre despedidas.
Ainda assim, é importante ressaltar que é preciso que essas experiências de separação sejam cercadas, na medida do possível, por uma atmosfera positiva, saudável e, principalmente, TOLERÁVEL (queremos aprender a lidar bem com as despedidas e, não, criar um trauma a respeito delas).
Experiências felizes com essas separações gerenciáveis, juntamente com reuniões regulares e prazerosas, ajudam a criança a desenvolver a capacidade de lidar com separações mais dolorosas – e inevitáveis – mais tarde na vida.
Se, como é verdade para muitos de nós, você não adquiriu essas habilidades durante sua própria infância, o truque é aumentar sua capacidade de administrar os sentimentos agora, quando adulto. Isso é mais facilmente dito do que feito, mas a melhor maneira é começar com pequenos passos gerenciáveis.
Confira a seguir 5 dicas poderosas, publicadas no Psychology Today, que vão te ajudar a desenvolver essa habilidade:
1 – Entenda que sentir uma mistura de emoções é completamente normal! Você não é louco por se sentir triste e empolgado com a saída dos filhos para a faculdade, ou preocupado com o seu próprio futuro (quem é você agora? Essa é uma pergunta que costuma surgir, afinal, boa parte da vida é dedicada aos filhos), ou imaginando algumas das coisas que você pode fazer com seu novo tempo livre, nem mesmo se estiver sentindo tudo isso ao mesmo tempo. Você está apenas experimentando os sentimentos de perda e antecipação que fazem parte de quase todas as transições da vida. O mais complicado é encontrar uma maneira de abrir espaço para todos esses sentimentos conflitantes – e às vezes contraditórios. Mas quanto mais você se abre para as diferentes emoções, mais você será capaz de processar as mais dolorosas – e, consequentemente, superá-las, aos poucos.
2 – Da mesma forma, sentir-se triste por deixar uma situação, ou ansioso por mudar-se para outra, não significa necessariamente que você tenha tomado a decisão errada. A maioria de nós tem esses sentimentos sobre os melhores movimentos possíveis em nossas vidas.
3 – Tente colocar todos os seus sentimentos confusos em palavras (escritas ou faladas). Converse com um amigo ou um parente, mas prepare terreno primeiro, assim que eles não ficarão excessivamente preocupados com a sua situação ou, mais provavelmente (para eles), ter tomado a decisão errada. Diga-lhes que você está tentando ajeitar todos os seus sentimentos contraditórios e que apenas gostaria que eles ouvissem (mas é importante dar ouvido a eles, caso eles percebam e indiquem que você está esquecendo de prestar atenção em algo importante).
4 – Se você está deixando um semestre no exterior, uma casa ou bairro, uma escola ou universidade, um emprego ou um relacionamento, tente dedicar um pouco do seu tempo para refletir sobre os aspectos bons e ruins da experiência. Não tente embalar tudo o que você não fez, ou tudo o que você pretendia fazer no pouco tempo que lhe resta. E tente não transformá-lo em uma experiência totalmente ruim em sua mente, algo que você está ansioso para se afastar porque não tem sido nada além de negativo. Isso pode tornar mais fácil justificar a saída a curto prazo, mas terá consequências problemáticas no futuro.
5 – Se você está dizendo adeus por causa de mudanças de vida, doença e morte, ou o fim ou um relacionamento, dê a si mesmo tempo para se ajustar. A perda é dolorosa e leva tempo para diminuir. Nada será certo no começo. Mas tente não tomar uma atitude baseada no “tudo ou nada”. O passado pode de repente assumir todos os tipos de atributos positivos ou negativos que você não deu enquanto estava nele. Isto é normal. Mas tente não levar essas imagens muito literalmente. Nós quase sempre olhamos para trás com memórias que são menos complexas do que as experiências reais. Não seja tomado por uma memória completamente “cor de rosa” ou “obscura”. E, mais do que isso, lembre-se de que sua situação atual mudará com o tempo, dê a si mesmo a chance de se adaptar às diferenças.
Preparados para encararem o fim de ciclos e para o início de outros?