Sabemos que você chegou até aqui esperando uma resposta pronta para essa questão, mas ela não existe. É preciso ter em mente que cada pessoa é única e tudo dependerá das circunstâncias e do transtorno que essa pessoa porta.
Em todo caso é preciso encontrar o meio termo entre dar o suporte necessário para que a pessoa que você ama se sinta acolhida e respeitada, e não abrir mão da sua própria saúde mental. Se relacionar é um desafio em qualquer situação, mas nesses casos, tudo é ainda mais delicado.
O HuffPost publicou uma lista com 11 coisas que quem ama alguém com transtornos mentais deveria saber, e nós selecionamos algumas delas para você (mas caso queira ler tudo, é só acessar o link).
Um transtorno mental não é algo que é possível simplesmente “superar”.
Leva tempo, tratamento e aceitação lidar com um problema mental. Um transtorno mental se desenvolve no cérebro, e isso é algo complexo. Não está “tudo na sua cabeça” nem é um problema que ele pode “fazer desaparecer” (embora, ele deseje muito que isso aconteça).
A mudança repentina de humor não é por sua causa.
Pode parecer que ela esteja chateada com você, mas saiba que não é nada pessoal. Muitos problemas mentais são caracterizados por mudanças de humor, inclusive por sentimentos de raiva, depressão e mania.
Dá para controlar…
Com terapia, medicação, exercício, grupos de apoio… a lista é infinita. No entanto, é importante lembrar que o tratamento não é de “tamanho único” então, o que dá certo para o primo do seu colega de trabalho pode não funcionar para ela. E isso é OK.
…Mas às vezes ela não vai sentir mais vontade de lutar.
E isso pode parecer o fim do mundo. Os especialistas recomendam incentivar a pessoa a ir ao compromisso ou fazer o que for necessário no seu processo de tratamento. Não desista dela nos dias em que ela desiste de si.
Agora vamos às nossas dicas:
A melhor coisa que você pode fazer por você, pela pessoa que você ama e pelo relacionamento que vocês têm (ou desejam ter) é procurar ajuda especializada.
Mesmo que seu/sua parceiro/a esteja medicado e faça acompanhamento psicológico, se incluir nesse processo pode fazer toda a diferença para vocês. Isso porque não importa o quanto você ame alguém ou o quanto você queira proteger essa pessoa, você não será capaz de sentir como ela se sente ou de protegê-la de si mesma, seus pensamentos e seu transtorno.
Quando amamos alguém, tendemos a querer livrar essa pessoa de todo o mal que existe no mundo e poupá-la dos problemas e das dificuldades. No entanto, se isso é impossível em qualquer circunstância, quando se trata de um transtorno psicológico, tentar “livrar” a pessoa do problema pode parecer invasivo e desrespeitoso. Isso porque, como na lista anterior, não se trata de algo voluntário, que se possa superar apenas com “força de vontade”.
Em resumo, o que pretendemos deixar como mensagem aqui é que respeitar o problema é tão importante quanto respeitar a pessoa.
Com amor, respeito e conhecimento, superar os desafios da relação fica mais fácil.