Aproveitando que a temática da semana é o trabalho, vamos abordar no blog de hoje como a saúde mental pode influenciar no desempenho profissional. Costumamos nos atentar para a questão da segurança do trabalho apenas no sentido físico, propondo maneiras de evitar acidentes, mas muitas vezes nos esquecemos de questionar o impacto da saúde emocional e psicológica.
Algumas empresas já têm se baseado em estudos e estatísticas, afinal de contas, os transtornos comportamentais e de saúde mental são a 3ª maior causa de afastamentos no trabalho. Um estudo realizado entre 2012 e 2016 mostrou que 31% dos auxílios doença não relacionado a acidentes tem como causa a depressão.
E as perspectivas passam longe de serem animadoras. Se atualmente a Organização Mundial da saúde estima que haja cerca de 300 milhões de pacientes diagnosticados com depressão no mundo, a projeção é de que, até o ano que vem, a doença se torne a principal doença mais incapacitante em todo o mundo. Mas além da depressão, precisamos falar do transtorno de ansiedade, que atinge 260 milhões de pessoas no mundo.
Ambos os transtornos têm sido pouco a pouco integrados ao vocabulário de pessoas e empresas, conscientização positiva, visto que a falta de informação resulta em um preconceito extremamente prejudicial para quem convive com eles.
Mas se você é empresário, está lendo esse post e ainda não entendeu o impacto da saúde emocional no desempenho do seu colaborador e do seu negócio, a gente explica:
Para começar, estimativas da OMS afirmam que os dois distúrbios custam à economia US$ 1 trilhão ao ano em perda de produtividade. Ficou impactado com o dado? Felizmente empresas têm investido no bem-estar de seus colaboradores. Para citar apenas alguns dos nomes inspiradores: Unilever, Resultados Digitais, Koin e Vittude.
Um estudo da OMS mostra que para cada US$ 1 gasto com saúde mental há um retorno de US$ 4 para a empresa, com diminuição de turnover e absenteísmo e aumento de produtividade.
Como você deve ter percebido, não estamos falando apenas de qualidade de vida, estamos falando também do impacto que o bem-estar psicológico tem na economia geral de uma empresa, além do desempenho pessoal e profissional.
Assim como até cerca de duas décadas pouco se falava sobre saúde física dentro do mercado de trabalho e hoje cerca de 90% das empresas investem nesse tipo de benefício para seus colaboradores, a perspectiva é que o mesmo aconteça com a saúde mental. Os números têm sido animadores, apesar de andarem a passos lentos: se em 2016, somente 34% das empresas investiam em programas ligados à saúde mental, em 2017, já somavam 41% as que investiam em saúde mental e ainda contabilizou-se 9% que pretendiam implementar algo nessa linha.
Todos devemos investir no que vale a pena: saúde!
Fontes: Valor Econômico.
OMS.