Chocolate é um assunto tão sério que um título como esse terminado em “mas” já causa alguma reação emocional em quem é apaixonado por esse doce. Apesar do “mas” a notícia é bem interessante. Estudo publicado na Revista Nature Neuroscience relatou os resultados de um estudo que procurou avaliar o efeito da administração de um flavonóide do cacau, a epicatequina, sobre a memória.
Os flavonóides são uma classe de substâncias presentes em várias fontes que vão de frutas e verduras ao vinho e chá verde. Elas parecem apresentar importantes propriedades medicinais. Algumas já se mostraram interessantes até para aumentar o fluxo sanguíneo e melhorar o funcionamento dos neurônios. A epicatequina é uma dessas substâncias. Ela foi identificada pela primeira vez no cacau e está presente no chocolate.
O estudo realizado na Universidade de Columbia nos Estados Unidos avaliou o efeito desse flavonóide em pessoas de 50 a 69 anos junto com atividade física e mediu a atividade por ressonância magnética de uma região do cérebro chamada giro denteado, que está envolvida na memória, e testes cognitivos. A conclusão é que uma dieta com grandes quantidades de epicatequina por 3 meses melhorou o funcionamento dessa região e a performance nos testes.
Agora o “mas”: a quantidade de epicatequina consumida no estudo foi muito grande. Não seria possível conseguir comer o suficiente em chocolate todos os dias para alcança-la. Vamos ter que esperar que a epicatequina, se continuar se mostrando eficaz, seja disponibilizada em outra forma.
Até lá você pode aproveitar as pequenas quantidades no chocolate.