Você fica com a cabeça cheia de pensamentos, o dia todo tentando resolver algum problema? Tenta resolver problemas que não tem solução? Se preocupa até com problemas que ainda não existem? E que talvez nem vão existir? Eu também! Você não está sozinho!
Preocupar-se é uma estratégia do cérebro. Ele é uma máquina de resolver problemas e faz isso muito bem (não é por acaso que eu e você estamos agora vivos lendo isso em um computador milhares de anos depois que alguns da nossa espécie deixaram a África e enfrentaram tantas dificuldades). O trabalho do cérebro é esse mesmo: identificar um problema e buscar uma solução. Se o problema é fome ele tentar achar um jeito de te levar até a comida ou ela até você (fresca, enlatada ou congelada); se o problema é sede ele vai descobrir uma forma de achar água e levar ela até você; se o problema é um perigo ele vai te ajudar a lutar ou fugir (e a lutar e fugir cada vez melhor se for o caso).
Como o cérebro faz isso? Ele representa o mundo real dentro da sua mente e, usando o pensamento, cria estratégias, muitas estratégias, tentando prever cada coisa que possa dar errado e buscando solução para cada possibilidade. Aqui é a raiz do problema da preocupação. Ocupamos nossa mente com coisas que podem nem existir, com possibilidades, para não deixar alguma coisa passar. E, como o cérebro não sabe a diferença entre real e imaginário, você sente ansiedade e tensão com todos esses perigos. O maior perigo para o preocupado é a incerteza. E o que ele faz para se livrar da ansiedade é tentar alcançar a certeza completa (e não consegue nunca! Eu já tentei e não funcionou nem uma vez!).
Tem solução isso? Tem sim. Existem formas de lidar com isso melhor. A preocupação é um mecanismo normal funcionando mal. O caminho é entender por que e colocar ele de volta nos trilhos. Começa por entender por que e do que você tem medo e quais as estratégias que você está tentando usar para se livrar desse medo. A ciência do comportamento tem muitas respostas legais que deram origem a intervenções muito úteis. Vamos ver algumas delas nas próximas postagens.
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